Diabetes
Se você sofre de diabetes, então você tem bastante glicose no sangue. No diabetes, os níveis de açúcar estão continuamente altos no sangue (hiperglicémia).
Insulina
Para que possamos entender melhor o diabetes é importante saber um pouco mais sobre
os processos normais pelos quais os alimentos são decompostos e usados como energia pelo corpo humano. Coisas diferentes acontecem quando os alimentos são digeridos:
- Sempre que você come, seu corpo transforma todos os carboidratos, açúcares e amido em glicose. A glicose é uma fonte de combustível para todas as células do corpo.
- Um órgão chamado pâncreas produz insulina. O papel da insulina é levar a glicose da corrente sanguínea para os músculos e células de gordura e do fígado, onde ela poderá ser usada como combustível.
Assim, a insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas e que garante que a quantidade de glicose no sangue permaneça constante, mas alguém que tem diabetes apresenta pouca ou nenhuma insulina. Isso significa que a glicose não é absorvida pelo corpo como deveria e permanece muita elevada no sangue.
A diabetes pode ser causada por:
- Insuficiência de insulina: o pâncreas não produz insulina suficiente e/ou
- Resistência à insulina: os músculos e as células de gordura e do fígado reagem anormalmente à insulina.
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Níveis de açúcar no sangue
No Brasil, os níveis de açucar no sangue são apresentados em mg/dl. Sendo positivo para Diabetes valores acima de 126 mg/ml de glicemia aferidos em jejum de 8 horas:
- Glicemia de jejum > 126 mg/dl (jejum de 8 horas);
- Glicemia casual, colhida em qualquer horário do dia, independente da última refeição realizada (> 200 mg/dl em paciente com sintomas característicos de diabetes);
- Glicemia > 200 mg/dl duas horas após sobrecarga oral de 75 gramas de glicose.
Para mais detalhes visite o site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (
visitar página )
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Diferentes tipos de diabetes
Diabetes tipo 1 é normalmente diagnosticada em crianças e
adultos jovens e era anteriormente conhecida como diabetes juvenil. No diabetes tipo 1, o corpo de repente torna-se incapaz de produzir qualquer insulina. Apenas 5 a 10% das pessoas com diabetes têm
esta forma da doença. Com este tipo de diabetes, é necessário injetar com insulina. Com a ajuda da terapia com insulina e outros tratamentos, crianças com diabetes tipo 1 podem aprender a
controlar a sua condição e viver uma vida longa, feliz e saudável.
Diabetes tipo 2 é muito mais comum do que a do tipo 1. Ocorre principalmente em adultos, mas hoje em dia, está desenvolvendo-se com mais frequência também em crianças. O pâncreas não produz
insulina suficiente para manter um nível normal de açúcar no sangue, muitas vezes porque o corpo se torna mais e mais sensível à insulina. Muitas pessoas com diabetes tipo 2 não sabem sabem que
tem a doença, embora ela possa ter consequências graves ao organismo. A diabetes tipo 2 está se tornando cada vez mais comum, como resultado do aumento da obesidade e da falta de exercício.
Diabetes gestacional é o nível elevado de açúcar no sangue que se desenvolve durante a gravidez numa mulher que não sofreu anteriormente de diabetes. As mulheres com diabetes gestacional
têm um risco aumentado de desenvolver diabetes tipo 2 na vida adulta, bem como doenças cardíacas e cardiovasculares.
Os fatores de risco para a Diabetes tipo 2 são:
- Mais de 45 anos;
- Um pai ou mãe ou irmã(o) com diabetes;
- Diabetes gestacional ou o nascimento de um bebê com mais de 4.082kg;
- Doença cardíaca;
- Colesterol alto;
- Obesidade;
- Não praticar exercício físico suficientemente;
- Ovários policísticos (em mulheres);
- Intolerância pré-existente à glicose;
- Alguns grupos étnicos (especialmente afro-americanos, índios e asiáticos).
O diabetes muitas vezes não é reconhecido porque muitos sintomas parecem ser benignos. Estudos recentes têm demonstrado que a detecção precoce e tratamento do diabetes podem diminuir a possibilidade
de desenvolver complicações como resultado da doença.
O seu médico pode rapidamente determinar se você tem possibilidade de diabetes apenas testando uma gota de sangue do seu dedo. Através de um medidor de glicose no sangue, é possível determinar o
quão alto está o nível de glicose.
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Sintomas
Diabetes tipo 1:
- micção frequente;
- sede excessiva;
- fome frequente;
- perda de peso inexplicável;
- fadiga e irritabilidade.
Diabetes tipo 2:
- qualquer um dos sintomas do tipo 1;
- infecções frequentes;
- visão desfocada;
- cortes/hematomas que levam tempo para curar;
- formigamento/dormência nas mãos/pés;
- pele ou gengivas que vão retraindo;
- infecções frequentes da bexiga.
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Tratamento - Auto gestão
Em circunstâncias normais o seu nível de açúcar no sangue irá
variar. Seguindo as diretrizes abaixo você pode influenciar seu nível de açúcar no sangue:
- Faça exercícios regularmente;
- Tenha uma dieta equilibrada;
- Não fume;
- Beba álcool e refrigerantes com moderação;
- Beba bastante água.
Verifique regurlarmente os seus níveis de açúcar no sangue com o seu profissional de saúde. Também é possível fazer uso de medidores de glicose no sangue em casa, onde a própria pessoa faz o
controle dos seus níveis de açúcar.
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Tratamento com medicação
Para quem tem diabetes tipo 1, exercício suficiente e uma dieta
equilibrada são, naturalmente, importantes; além disso, também é feito o tratamento com insulina. Esta insulina pode ser administrada com uma caneta de insulina (uma pequena seringa), uma bomba
de insulina ou um inalador. Para controlar eficazmente o açúcar no sangue, existem diferentes tipos de insulina. Agirá rapidamente sendo absorvida pelo sangue e rapidamente produzindo efeitos.
Deve ser administrada geralmente antes de comer para que a elevação de açúcar no sangue que se segue a uma refeição seja capturada. Existem também tipos de insulina que agem lentamente; eles são
injetados uma ou duas vezes por dia para que a glicose possa ser continuamente distribuída para o corpo em pequenas quantidades.
Qual é a insulina certa? Isso vária de pessoa para pessoa. Acima de tudo, depende do peso, da dieta e da frequência e tipo de exercício físico realizado.
No diabetes tipo 2, a perda de peso, a dieta e o exercício são muito importantes. Reduzir o seu peso e aumentar o seu exercício aumenta a sensibilidade à insulina para que o açúcar no sangue
possa ser controlado melhor. Se estes métodos não forem eficazes na redução do nível de açúcar no sangue, então podem ser prescritos comprimidos. Se este tratamento oral também for ineficaz na
redução do nível de açúcar no sangue, então o tratamento com insulina será o indicado.
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Diferentes tipos de insulina
Há uma diferença entre:
- insulinas de ação rápida: elas contêm insulina regular, insulina lispro ¹, insulina aspart ¹ e insulina glulisine ¹;
- insulinas de ação média: elas incluem insulina isophane ¹ e podem ser combinadas com a insulina regular, insulina lispro ¹ ou insulina aspart ¹ e;
- insulinas de ação lenta: estas são a insulina detemir ¹ e a insulina glargine ¹.
(¹ nomenclatura inglesa)
Insulinas mistas significa uma combinação de insulinas de ação rápida e média.
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Comprimidos para diabetes
Existem quatro grupos de medicamentos orais para o tratamento do Diabetes tipo 2.
- O primeiro grupo consiste em medicamentos que promovem a liberação de insulina no pâncreas. Esses medicamentos estimulam receptores especiais ("tentáculos") na parte externa das células beta do pâncreas, que produzem insulina e assim estimulam a produção de insulina.
- Do segundo grupo de medicamentos orais, a metformina é a mais conhecida. A metformina inibe o excesso de produção de glicose no fígado. Isso diminui a quantidade de glicose no sangue e aumenta a sensibilidade à insulina. Devido a metformina reduzir a glicose no fígado, não há, portanto, maior risco de ter uma "hipoglicémia". A produção de insulina não é estimulada. Tem um efeito benéfico na regulação da diabetes e reduz a possibilidade de complicações.
- O terceiro grupo de medicamentos orais retarda a absorção de glicose dos intestinos. A acarbose é parte deste grupo. Este medicamento inibe uma série de enzimas que quebram carboidratos nos intestinos. Isso significa que os carboidratos que comemos são quebrados mais lentamente para que a glicose seja liberada de igual forma e, portanto, não seja absorvida pelo sangue tão rapidamente. No entanto, na prática, este medicamento é raramente utilizado.
- O quarto grupo é uma nova classe de medicamentos, conhecidas como tiazolidinedionas. Também são chamados sensibilizadores de insulina porque reduzem a resistência à insulina - a insensibilidade do tecido à insulina. Pretendem certificar-se de que as gorduras são transportadas para as células de gordura mais rapidamente, graças a um complicado mecanismo de ação. Simultaneamente a sensibilidade à insulina é aumentada.
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Hipo e Hiper
Os níveis de açúcar no sangue flutuam idealmente entre dois níveis.
O tratamento do diabetes é, portanto, projetado para atingir esses níveis. Tudo influencia os seus níveis de açúcar no sangue: comer, beber, exercitar, stress e emoções ou gripe.
Isso significa que o tratamento do diabetes pode ser subitamente afetado por um nível de açúcar no sangue muito baixo ou muito alto. Quando apresenta-se muito baixo é chamado hipoglicemia (hipo)
e muito alto é conhecido como hiperglicemia (hiper). Hipos ou hipers ocasionais não são muito graves. No entanto, se isso acontecer muitas vezes, então talvez o seu tratamento precise de ser
reavaliado.
As características de uma hipo são:
- dor de cabeça;
- suores;
- tremores;
- tontura;
- dificuldade de concentração;
- cansaço;
- alterações abruptas de humor;
- fome.
Ingerir dextrose ou uma limonada com bastante açúcar e um sanduíche irá elevar o seu nível de açúcar no sangue de volta. Se alguém estiver inconsciente, a glicose ou a glicagina injetadas,
serão avaliadas como opções de tratamento. A glicagina faz o oposto da insulina - aumenta o nível de açúcar no sangue.
As características de uma hiper são:
- micção frequente;
- sede constante e inextinguível;
- cansaço;
- possíveis alterações abruptas de humor;
- sensação geral de mal estar.
O corpo está tentando livrar-se do excesso de açúcar. Continuar a beber pode ajudar, mas nada que seja açucarado.
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